Nos últimos anos, o crescimento acelerado dos ETFs acendeu um alerta em parte do mercado: estariam esses fundos criando uma “bolha passiva”? A tese é que eles inflariam artificialmente os preços das ações, elevando o risco de um colapso sincronizado.
Mas, segundo um estudo da Bloomberg Intelligence, que analisou US$ 13 trilhões em ativos indexados, essa preocupação pode estar mal direcionada. O levantamento mostra que ações com maior participação passiva não ficaram mais caras nem mais voláteis que outras.
Se você investe em moedas fortes — como dólar, euro ou libra — entender esse cenário ajuda a tomar decisões mais inteligentes ao usar ETFs para diversificar globalmente.
A teoria da bolha passiva ganhou força com a crítica de que os ETFs replicam índices comprando ações "sem critério de preço", o que inflaria valuations e aumentaria o risco sistêmico.
Grandes gestores como Michael Burry e Bill Ackman deram voz a esse argumento, chamando o fenômeno de “investimento cego”. Mas os dados a seguir colocam isso em xeque.
Conclusão: Se houvesse de fato uma bolha passiva, veríamos ações mais expostas a ETFs sendo sistematicamente mais caras ou voláteis — o que os dados não mostram.
Quando as ações do S&P 500 são divididas em quintis com base na participação de fundos passivos, o grupo com menor exposição a ETFs teve o melhor desempenho em janelas de 1, 3 e 5 anos. Já o quintil com maior presença passiva ficou na lanterna.
A escalada da Nvidia ao top-10 global em valor de mercado teve apenas 17% de participação passiva em seu free float. Isso mostra que o principal motor da valorização foram fundos ativos, hedge funds e investidores pessoa física.
O desvio-padrão de 12 meses das ações mais “ETF-izadas” é praticamente igual ao das menos expostas a ETFs — desmontando o argumento de que esses fundos tiram a capacidade do mercado de amortecer choques.
Mesmo com o crescimento dos ETFs, a negociação diária continua nas mãos de gestores e traders ativos. Eles são os responsáveis por arbitrar valor, reagir a notícias e ajustar preços.
Ou seja, o “preço justo” continua sendo definido por análise de fundamentos — e não por fluxos automáticos.
ETFs têm taxas médias abaixo de 0,20% a.a. nos EUA, mas o ganho pode ser erodido por spreads cambiais altos. Solução: operar via Corretora Acoriana, que oferece:
Na B3, existem cerca de 70 ETFs de ações e 8 de renda fixa em 2024 — ainda um mercado pequeno, com R$ 10,7 bilhões em patrimônio.
A estrutura atual não favorece a formação de uma bolha no estilo americano — mas o debate pode (e vai) surgir. Prepare-se.
Dica: Sempre avalie o índice subjacente, compare o tracking error e analise a liquidez antes de investir.
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